O cliffhanger é a interrupção de um grande acontecimento antes que ele seja concluído.
Ele gera curiosidade e angústia por não deixar o público saber como a história, fazendo com que o interesse pela narrativa continue.
Na prática, o recurso narrativo é o que a gente chamaria de estar “à beira do precipício”.
Ou seja, o cliffhanger funciona para alimentar o suspense em torno de uma história contada.
A cena clássica desta artimanha é colocar a protagonista em um desfiladeiro, segurando-se por uma mão para, em seguida, exibir o texto: “continua no próximo episódio”.
O cliffhanger então é uma situação limite não-resolvida e que precisa ser concluída, o que para algumas pessoas é angustiante, mas para outras é atrativa.

Como o cliffhanger é antigo e contemporâneo ao mesmo tempo?
O uso de cliffhanger vem de séculos, sendo muito utilizado no cinema nos dias de hoje.
Uma das utilizações mais famosas e antigas do recurso está registrada no livro As Mil e Uma Noites, uma coleção de contos populares provenientes de lugares como Bagdá, Pérsia, Cairo e Índia.
A partir de narrativas envolventes narradas pela inteligente rainha Sherazade durante todas as noites de seu cativeiro, ela consegue salvar a própria vida utilizando o cliffhanger.
Atualmente, milhares de produções continuam ganhando fôlego para o próximo episódio graças a este artifício.
Talvez você já deve ter percebido isso no final do capítulos das novelas, filmes com sequências, seriados de várias temporadas e histórias em quadrinhos.
Nas séries de televisão, o cliffhanger é quase obrigatório porque é uma das melhores formas de fazer o público assistir os próximos episódios e de gerar engajamento com a produção.

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Imagens: Freepik