A voz over e a voz off são recursos comuns nas produções audiovisuais.
Elas existem, primordialmente, como estratégias de enunciação para evidenciar posições de pertencimento ou exclusão na fala das narradoras em relação à história contada.
Nesse artigo, vamos falar mais sobre estes espaços e marcações da fala.

Voz off: um recurso diegético

Este primeiro tipo é bastante comum no cinema e na televisão, principalmente.
A voz off ou em off é aquele registro sonoro que faz parte da cena, mas que não aparece no quadro/enquadramento quando o público a escuta.
É o caso da jornalista que reporta a notícia, mas não aparece na matéria, por exemplo.

Imagem de uma fita cassete retrô, lado A, estão escritas as palavras diegese e voz off. 
Diegese é espaço e o tempo onde as relações da narrativa se constroem e soam como “reais”.

Voz over e a estratégia não-diegética

A voz over, também chamada de voz de Deus, é um recurso típico dos documentários em que a narradora está ali para contar a sequência dos fatos sem estar ligada à cena.
Chama-se de voz de Deus porque a figura que conta é onisciente.
Um bom exemplo é o documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado.

Meta-diegética: a terceira via na narrativa

Por fim, a classificação do meta-dietético ocorre quando a sonoridade presente na cena traduz o imaginário de uma personagem.
Frequentemente, ela é entendida como uma alteração no seu estado de espírito ou em alucinação.
O exemplo mais comum deste conceito é o flashback, som que remete ao público a percepção de um evento passado relativo às personagens da trama.

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Imagens: Freepik.

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