A voz over e a voz off são recursos comuns nas produções audiovisuais.
Elas existem, primordialmente, como estratégias de enunciação para evidenciar posições de pertencimento ou exclusão na fala das narradoras em relação à história contada.
Nesse artigo, vamos falar mais sobre estes espaços e marcações da fala.
Voz off: um recurso diegético
Este primeiro tipo é bastante comum no cinema e na televisão, principalmente.
A voz off ou em off é aquele registro sonoro que faz parte da cena, mas que não aparece no quadro/enquadramento quando o público a escuta.
É o caso da jornalista que reporta a notícia, mas não aparece na matéria, por exemplo.
Voz over e a estratégia não-diegética
A voz over, também chamada de voz de Deus, é um recurso típico dos documentários em que a narradora está ali para contar a sequência dos fatos sem estar ligada à cena.
Chama-se de voz de Deus porque a figura que conta é onisciente.
Um bom exemplo é o documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado.
Meta-diegética: a terceira via na narrativa
Por fim, a classificação do meta-dietético ocorre quando a sonoridade presente na cena traduz o imaginário de uma personagem.
Frequentemente, ela é entendida como uma alteração no seu estado de espírito ou em alucinação.
O exemplo mais comum deste conceito é o flashback, som que remete ao público a percepção de um evento passado relativo às personagens da trama.
Se você quer conhecer mais sobre o universo do áudio no cinema, não deixe de ler também os artigos que selecionamos para você logo abaixo.
Aqui, na Margô Filmes, temos textos que vão desde as propriedades das ondas sonoras até a escolha do microfone ideal para a sua gravação.
Imagens: Freepik.
Adorei!
Muito bom esclarecedor para um roteirista iniciante igual eu, que ainda está na “pegada” da literatura no texto audio visual. Gostei muito!
Olá, Marcio Rocha!
Agradecemos muito o seu feedback e desejamos sucesso na sua carreira como roteirista.
Conte sempre com a Margô Filmes para te ajudar nessa jornada.
Abraço!
Uma vez li, não me recordo agora exatamente a fonte, mas dizia algo que deveria ser evitado colocar num roteiro as emoções dos atores, irritada, triste, melancólica… Pois atores (principalmente mais consagrados) não gostam por acharem que pode engessar as atuações.
Isso procede?
Ei, Eduardo! É isso mesmo!
Temos uma artigo aqui que pode inclusive te interessar: https://margofilmes.com.br/escrever-roteiro-cinema/
Grande abraço!