O Chroma Key é uma prática de manipulação da imagem digital que é capturada em um fundo de cor única ou em pequenas faixas de cores.
Historicamente, o efeito tem ligação direta com outra técnica mais antiga: a Matte Painting onde pinturas em superfícies transparentes ou opacas dão origem aos cenários do filme.

Nos estúdios, o Chroma é realizado com frequência em panos ou papéis verdes, azuis ou vermelhos.
No entanto, ele pode ser adaptado para qualquer cor existente.

O importante para que esta técnica funcione bem é garantir uma boa captação em vídeo para trabalhar na pós-produção depois.

Muita gente acha que é só colocar um pano colorido atrás de uma pessoa ou objeto para conseguir o que se deseja, mas o resultado ideal está ligado a vários fatores, entre eles:

  • Luz uniforme no estúdio
  • Grande distância entre o assunto (pessoa ou objeto) e o fundo
  • A cor escolhida pela produção para ser isolada na edição.
Imagem de um pano verde, objeto ideal para a técnica do Chroma Key, sendo iluminado por três refletores
Muita gente acha que é só colocar um pano colorido atrás de uma pessoa ou objeto para conseguir o que se deseja, mas o resultado ideal está ligado a vários fatores.

Planejando bem o Chroma Key

A principal regra para fazer um bom Chroma Key é posicionar bem as fontes de luz do assunto e colocar outras luzes para iluminar o fundo.
Como o assunto e o fundo da imagem precisam parecer equilibrados, pense na iluminação como um todo para não gerar estranhamento na pós-produção.
Outra recomendação necessária é que você inclua muitas luzes difusas ou rebatedores no seu setup para acabar com as sombras indesejadas.
Esta escolha não é aleatória, pois luzes difusas e rebatedores espalham melhor os raios luminosos do que outros tipos de fontes.

Na hora de movimentar os refletores, pode ser que apareça o que chamamos de spill: a reflexão da luz do fundo diretamente no assunto da imagem.
Corrija sempre que possível, pois ele costuma atrapalhar muito a aplicação do efeito na pós-produção.
O melhor jeito de eliminar esse ruído é consultar os monitores disponíveis no estúdio e modificar a posição ou a intensidade da luz dos refletores.

Outro fator de grande importância no Chroma Key é a distância dos elementos em quadro.
A regra é que quanto maior o espaço, maior a qualidade do resultado.
Por isso, em estúdios pequenos, você pode ter mais dificuldade de fazer um Chroma Key do que um de médio ou grande porte.
No entanto, se você vai precisar gravar em um espaço pequeno é só adicionar mais tempo no seu cronograma para testar e reposicionar os equipamentos.
A distância mínima recomendada entre o fundo e o assunto para uma tomada de corpo inteiro é de mais ou menos 4, 5 ou 6 metros, mas tudo isso depende muito da iluminação e das medidas do local.

Por fim, outra regrinha é que precisamos escolher bem a cor do Chroma Key.
Os tipos mais comuns são o verde, o azul e o vermelho, pois são mais fáceis de decompor pelos softwares na pós-produção.
Mas tudo vai depender do seu produto ou figurino, já que no audiovisual estamos sempre fazendo escolhas e negociando opções.

Esta imagem apresenta uma caneta e bloco de notas com as seguintes instruções: No Chroma Key, devemos evitar tomadas em movimento. A cor final do cenário e do figurino influenciará a da cor da tela de fundo. A iluminação da cena no primeiro plano acompanha a gravação do plano mais distante. Trabalhe para manter a coesão na imagem. Ao uniformizar a luz, utilize a luz difusa – ela se espalha melhor. A profundidade de campo é muito recomendada. Ao deixar o fundo levemente desfocado, você esconde as rugas e costuras do fundo.

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Imagens: Freepik