O que a estratégia audiovisual de Marina Sena, Jaden Smith e Caetano Veloso têm em comum?
Todos eles investiram no formato visualizer para divulgar seus trabalhos musicais e oferecer uma nova forma de consumir conteúdo audiovisual para seus públicos.

Se você ainda não sabe o que é um visualizer, veio ao lugar certo. Em primeiro lugar, por definição, um visualizer é:


Um vídeo sem estrutura narrativa, que na maioria das vezes é composto por imagens repetidas, que são acompanhadas por música.

O visualizer é apontado como uma “evolução” das ondas sonoras dos reprodutores de mídia (Windows Media Player ou o Winamp), mas o verdadeiro impulsionador deste formato para o público em geral foi o Spotify.
No entanto, a ideia de criar visualizers não é recente: o início desse conceito acontece em 1976, quando o Atari Video Music cria visualizadores para experimentar a tecnologia visual em estéreo Hi-Fi.

Muitas artistas optam pelo visualizer hoje porque o resultado costuma ser bem mais atraente do que a capa do álbum na hora de reproduzir as músicas nas plataformas.
Contudo, engana-se quem pensa que não existe uma curadoria ou um conceito por trás desta criação.
Como tudo no audiovisual, é necessário um monte de pesquisa e referências para produzir um produto surpreendente.


Imagem abstrata representando as ondas sonoras. É muito comum encontrar esse tipo de representação em visualizer.
O visualizer é apontado como uma “evolução” das ondas sonoras de um reprodutor de mídia.

Visualizer: ótima solução para artistas e videomakers

Por ser um formato relativamente novo na indústria fonográfica, muita gente tem resistência em criar visualizers para divulgar suas músicas.
No entanto, quando uma artista aceita investir na produção do visualizer, ela pode optar por dois caminhos:

  • Criar uma peça que “converse” com o clipe.
  • Substituir o clipe pelo visualizer.

Então, se você é cantora e pensa em lançar alguma música, considere colocar os visualizers na sua estratégia de lançamento.
Eles podem te ajudar a capturar a atenção e criar um relacionamento com a sua audiência, além de reforçar a sua marca autoral e fomentar um ciclo de novidades constantes nas suas redes sociais.

Agora, se você é videomaker, considere incluir esse serviço nos seus contratos e cobrar à parte de suas clientes.
Digo isso porque é um esforço considerável produzir um bom visualizer.
A dica é fazer um briefing com a artista e equipe, além de otimizar as gravações para atender a demanda combinada, que costuma ser grande.
Uma vantagem indiscutível para incluir esse serviço é que os visualizers são materiais que podem destacar no seu portfólio por serem muito versáteis e instigantes.


Um ponto que deve ser levado em consideração, tanto pela artista quanto pela videomaker, é que é possível rodar dezenas de pequenos vídeos com a mesma verba de um videoclipe.
Esse fator, sem dúvida, é bastante atrativo sobretudo quando se é uma artista independente ou uma videomaker iniciante.

Curiosidade da Margô: se você acha que o visualizer é uma estratégia super recente das plataformas, lembre-se de que em 2012, a MSN anunciou o lançamento do Visualizer, ferramenta que gera automaticamente clipes para músicas ouvidas através de streaming. Na época, o serviço buscava a letra das músicas no Flickr e exibia automaticamente o melhor resultado encontrado.

Imagens: Freepik.