O DCP (Digital Cinema Package) é uma tecnologia de padronização dos formatos digitais para a distribuição e a exibição de filmes em todo o mundo.

O uso desse “sistema” está de acordo com os interesses do Digital Cinema Initiatives (DCI), a organização dos estúdios de cinema que reúne a Disney, a Fox, a Paramount, a Sony Pictures Entertainment, a Universal e a Warner Bros. Todas são grandes players em termos de produção e distribuição dos conteúdos.

Apesar de designar a tecnologia, o DCP pode significar muita coisa como:

  • o arquivo de vídeo;
  • o arquivo de áudio;
  • os dados do filme:
  • o projetor próprio para a leitura deste pacote nas salas (nas resoluções 2K e 4K).

O raio-X do DCP

Com o DCP, pretende-se superar a qualidade da imagem obtida pelos processos analógicos e fotoquímicos. Além disso, busca-se atender as demandas por tecnologias padronizadas em festivais de cinema e nos circuitos comerciais.

As vantagens são muito atraentes, pois o formato permite maior controle em relação às deformações da imagem. Isso acontece porque o DCP não apresenta sujeiras ou cortes na superfície do material como acontece nos filmes em película.

Além disso, há também a falta de trepidação durante a exibição e uma possibilidade real de barateamento a longo prazo, pois o DCP pode gerar arquivos duplicados como todo processo digital.­

Outra característica que chama bastante atenção é a existência de uma chave numérica de segurança. Que, dependendo do ponto de vista, pode ser lido como ônus ou bônus da técnica.

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Imagem de uma tela de computador com a sigla DCP, centralizada
Imagem representando o DCP.

DCP: vantagens e desvantagens

Você sabia que cada DCP tem seu próprio código criptografado?
O Key Delivery Message ou KDM é uma chave que serve para evitar a violação ou cópia não autorizada do arquivo. Por exemplo, em caso de erro de digitação ou de leitura, não é possível exibir o material com o intuito de preservar as informações ali contidas.

Ou seja, por mais que seja um bom método de segurança, esse também é o risco iminente deste tipo de tecnologia.  Já imaginou a dor de cabeça que um arquivo corrompido durante a leitura pode gerar? 

Por fim, vale mencionar que o formato ainda é pouco acessível às produtoras brasileiras de médio e pequeno porte.
Por aqui, o mais comum é utilizar tal técnica para a exibição grandes festivais de cinema.

Um último ponto é que se você pretende transformar seu arquivo em um DCP saiba que não é a mesma coisa do que realizar já pensando nele.
Quando um filme é  feito com equipamentos de qualidade ou configurações inferiores, ele também perde o desempenho máximo oferecido pelo DCP.

Por isso, o ideal é planejar bem o seu filme e procurar produtoras especializadas nesse tipo de tecnologia.

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Fonte das imagens: Freepik.

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